quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Arte... existe em todo lugar!

Há exatos 4 anos atrás, eu não tinha a menor idéia de que era artista. Nem que poderia, um dia, liderar um grupo de arte ou coisa assim. É verdade que eu já havia permeado pelo mundo do teatro e da pintura moderna [se podemos considerar uma peça da 1ª série do ensino fundamental e um quadro do jardim II que borrei umas colas-coloridas em um quadrozinho pra minha mãe, obras de arte =) ], mas daí a dizer que eu era artista?? O mais perto disso que eu cheguei foi jogando futebol... mas nem isso eu continuei por conta do meu, eh... fenótipo avantajado.
O fato é que hoje eu sou presidente de uma instituição de artes, o Núcleo Espírita de Artes - NEA e também atuo nela como tenor do coral, apesar de ter sido definido como barítono.
Nesses 4 anos de participação ativa no NEA e, como conseqüência, cheios de aprendizado acerca da arte, eu mergulhei em um mundo muito gostoso de retorno rápido para o artista... Espere aí!! Não estou falando de cachê não... nem de sucesso midiático... hehehe Isso eu estou longe e não é um objetivo. Estou falando sobre o sentimento que a arte proporciona em quem faz e em quem assiste.
Sim. Emoções. A arte transforma nossos piores sentimentos nas melhores vibrações. Quem já se emocionou com uma música sabe disso. Quem riu em uma comédia também. Quem vislumbrou uma linda tela tenho certeza que sim.
Harmonia, beleza, estética, sintonia, melodia... ah... como essas coisas nos fazem bem.
E o artista empresta seu talento para tocar o coração de cada espectador. E também se emociona. E quem sabe até nos modificamos quando vemos a arte nos contar a vida de uma perspectiva nova e diferenciada.

Escrevi tudo isso por conta de algo que me acontece algumas vezes e hoje foi bem forte. Estava eu assistindo a novela das 6 [sim... com 22 ferrinhos na perna inchada de ficar pra baixo durante o trabalho é melhor por ela pra cima e assistir um pouco da boa e velha TV].. bom... voltemos a "Desejo Proibido". Então... estava eu assistindo a dita cuja que é uma novela como as outras... [aquelas que você assiste um capítulo e sabe a história que já aconteceu e no outro capítulo descobre como vai terminar] porém em um momento, houve uma cena em que um velho personagem se declara avô da protagonista e esta se emociona. Uma cena como tantas nas idas e vindas do enredo. Porém, além da especial atuação dos atores envolvidos na cena [realmente uma atuação como a que eu disse ali que o talento se empresta a tocar nosso sentimento] , da maneira como foi encenada e as falas e as impressões nos rostos dos artistas... não deu outra: me emocionei. Pode parecer piegas: a emoção diante de uma novela! Ouço até um "Quê isso Zeh"... Mas não me importo. Do fundo do meu coração, aquela cena me comoveu e me fez ver como pode existir um amor doce e simples diante de uma adversidade histórica e dolorosa. [quem quiser saber do que estou falando, assista a cena lá no site da globo, se já estiver liberada].


Enfim, existe arte que emociona por todo lugar não é mesmo querida amiga Marielza?? =)

ARTE
Marielza Tiscate

D7M(9) C#m7(b5)
AH! VEM VER EM TODA PARTE A BELEZA
F#7 Bm7
CANTA E DANÇA TODA A NATUREZA
Bm7/A A7
EXISTE ARTE EM TODO LUGAR
A7 G/B A/C# D7M(9)

É OLHAR
C#m7(b5)
E VER O PASSARINHOS DESLIZANDO
F#7 Bm7
AS BORBOLETAS QUE RODOPIAND
Bm7/A
FORMAM UM ARCO-ÍRIS
A7 F#m7
E NO AZUL DO CÉU
F#m7(b5)
A POESIA COLORIDA E BELA
B7
JUNTANDO TUDO
Em7
FAZ-SE UMA AQUARELA
A7
E DENTRO DELA
D7M(9) Em7
ESTAMOS NÓS TAMBÉM
A7
E DENTRO DELA
F#m7 Em7
ESTAMOS NÓS TAMBÉM
A7 D7M(9)
E DENTRO DELA ESTAMOS NÓS TAMBÉM

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Dor e Confiança

É interessante os mecanismos de dor que nosso corpo humano tem. Em resumo, alguma coisa dá errada no corpo e os sensores de dor [nociceptores - receptores de nocividade] que estão espalhados aos montes pelo nosso corpo, são estimulados e transmitem ao SNC [Sistema Nervoso Central] pelas fibras A-alfa, A-beta e C as informações de dor. Esses nociceptores recebem até 4 tipos de estímulo: elétrico, mecânico, térmico ou químico. [é por isso que quase qualquer coisa que acontece com a gente dói =)]. As primeiras fibras são impressionantes: 100 m/s de velocidade de transmissão [explicado porque uma picadinha de agulha dói instantaneamente]. As últimas são lerdas... no máximo 1 m/s [Essa é aquela dorzinha intermitente... aquela que fica o dia inteiro após uma martelada no dedo =p].
Doideira não?! Educação Física também é conhecimento fisiológico!!!

Bom, hoje eu acordei com a maior dor que eu já senti depois da minha cirurgia na perna. Apenas 2 ferrinhos dos 22 que me furam a tíbia estão doendo mais do que o dia que eu rompi o ligamento. E eu acho que é por um motivo simples: por conta dos ajustes do aparelho [Ilizarov], eles estão rasgando a pele a sua volta. E uma coisa é certa: a pele não tem nociceptores... ela é praticamente um nociceptorzão =p... hehehe
Enquanto as fibras A-alfa faziam seu trabalho, concomitante as fibras A-beta e C, eu comecei a divagar pra ver se fazia meu SNC dar mais importância a meus devaneios do que as sensações transmitidas ao tálamo pelos nociceptores. Em alguns momentos consegui. Em outros não.
Mas o fato interessante que me trouxe a escrever hoje é que os momentos em que conseguia esquecer [literalmente] da dor , foram os que eu estava compenetrado nas belas músicas que tocavam no meu PC. O repertório era Alma Sonora e Marielza Tiscate e mais algumas de cantores outros que não lembro agora.
Como se meu PC soubesse o que era pra ser feito, tocou a música Dor e Confiança. Claaaaaaaaaro que essa música não fala da dor física, mas das dores da alma. E também da confiança que o Amor tem efeito de morfina nessas últimas.
Logo me veio à cabeça que minha dor não era nada perto de algumas dores que existem por aí... dores que não se vão com Cloridrato de Tramadol de 6 em 6 horas. E num passe de mágica, minhas dores foram ficando insignificantes. Não sumiram é claro, continuam aqui. Mas passei a dar importância menor a elas.

Dor é uma sensação. Tal e qual nosso tato, paladar, visão, etc. Ela existe e virá quando for necessário um aviso de alerto do nosso corpo. Mas também, dor é provação. Dor é ferramenta de aprendizado. E da mesma forma que morfina, codeína, e outras "inas" são analgésicos para todo o processo da nocicepção, a Confiança no Amor nos ajuda com as dores da alma, tornado-nos mais corajosos para enfrentá-las, mais fortes para suportá-las e mais capazes para superá-las.

As Dores são parte do nosso dia-a-dia. Estão aí e quando nos enveredamos por caminhos tortos elas aparecem e nos mostra nossos equívocos. E isso não tem como escapar. Já a Confiança... essa sim... Uma questão de escolha...

DOR E CONFIANÇA (Allan Filho, Carlos Alexandre)
int.: Em
Em C
Pés descalços, mãos marcadas.
D Em
Moradores das calçadas, esquecidos como a própria noite.
C
Rosto triste, olhar tão raro.
D Em
Na esperança de um amparo, o silêncio mostra a própria dor.
C D G D/F# Em
Sem perceber finjo não ver e prefiro evitar.
C D G D/F# Em
Preciso ter olhos de ver e mãos de ajudar.
C D
E amar como Ele amou...
Em C
Pés descalços, mãos marcadas.
D Em
Jesus Cristo nas calçadas, esquecido como a própria noite.
C
Rosto triste, olhar tão raro.
D Em
Na esperança de um amparo, o silêncio mostra a própria dor.
C D G D/F# Em
Sem perceber finjo não ver e prefiro evitar.
C D G D/F# Em
Preciso ter olhos de ver e mãos de ajudar.
C D
E amar como Ele amou...
Em C
Pés descalços, mãos marcadas.
Jesus Cristo nas calçadas, esquecido como a própria noite.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Preâmbulo

Preâmbulo é aquele pedaço do início do livro em que a gente começa ambientar as coisas, ou que explica qualquer fato que julga importante alguém saber antes da história. No meu caso serve para eu começar esse blog. Ou pelo menos tentar começar a escrever... divagar... pensar alto.
Já tem algum tempo que pretendia começar a escrever alguma coisa que pudesse ser bom para alguém. Mas essa vida de estudante, bolsista, palestrante, marido e preguiçoso [e isso é limitador] me toma um tempo inimaginável. =)
Agora que eu tenho tempo à toa [em virtude de 22 ferrinhos fincados na minha tíbia] eu andei pensando bastante e tomei a decisão de legitimar um blog. Primeira parte cumprida. E foi fácil. Uns cadastrozinhos e voilà... o blog existe. Agora, a luta é para mantê-lo. Espero fazer isso bem: pra mim e para meus leitores assíduos. =p
Beijos no coração!!!